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Psicologia Analítica

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A Psicologia Analítica, ou Junguiana como também é conhecida, possibilita compreender o indivíduo de forma ampla e profunda, envolvendo não apenas as questões relacionadas à mente consciente, mas também despertando conteúdos inconscientes. Para Jung, tudo que não está na consciência, que não acessamos com nossa mente racional, encontra-se na sombra, ou inconsciente, que tem tanto uma esfera pessoal (inconsciente pessoal, individual de cada pessoa), como coletiva (inconsciente coletivo, que guarda informações de toda a humanidade).

Um dos objetivos centrais do acompanhamento psicoterapêutico dentro da linha analítica é promover uma reflexão profunda acerca da totalidade do indivíduo, isso é, trazer à consciência todas as partes que compõem o indivíduo para então poder integrá-las. Este processo, no qual ficamos basicamente a vida toda, Jung chamou de Individuação. O mesmo consiste em explorarmos a nós mesmos, permitindo que o inconsciente surja no mundo consciente, pois é através da integração da nossa sombra que poderemos nos tornar mais autênticos, reconhecendo os próprios potenciais bem como nosso propósito de vida.

Jung tinha um amplo conhecimento sobre a alquimia, mitologia e do estudo comparado da história das religiões, as quais ele veio a compreender como auto representações de processos psíquicos inconscientes. A abordagem Junguiana baseia-se numa visão de complexidade, não-linear, que visa a totalidade do ser humano. A análise é um convite a mergulhar no nosso interior, a fim de nos conhecermos profunda e verdadeiramente.
Carl Gustav Jung

CARL JUNG

Nascido em 26 de julho de 1875, em Kesswill na Suiça, Carl Gustav Jung formou-se em medicina em 1900 e fez sua especialização em psiquiatria no Hospital Burghölzli, em Zurique, até 1905. Foi assistente de Bleuler, da qual teve sua primeira influência, e de Pierret Janet de quem também recebeu inspiração.

No ano de 1907 começou uma troca intensa com Sigmund Freud, que durou até 1913, quando assinalou as diferenças teóricas com o pai da psicanálise através do trabalho “Psicologia do Inconsciente”. Neste material, Jung expressa uma postura que procura evitar o reducionismo sexual para o conceito de libido, assumindo o mesmo como energia psíquica. A partir daí, começou um longo e criativo trabalho sobre a estrutura e dinâmica da psique humana. Faleceu em 06 de junho de 1961 aos 85 anos, deixando uma vasta obra como herança para a humanidade.

Sobre 2

Outra técnica de fundamental importância nesta linha teórica é o trabalho com os sonhos, onde a ampliação dos símbolos contidos nos mesmos norteia o entendimento da mensagem trazida pelo inconsciente. Um ambiente acolhedor e a escuta ativa por parte da terapeuta, somada à sua sensibilidade, também são ferramentas importantes que compõem o contexto terapêutico.

Na Psicologia Analítica, o processo terapêutico é visto como um relacionamento onde ambas as partes estão mutualmente envolvidas num processo dialético. Para Jung, todo o psicoterapeuta não só tem o seu método, ele próprio é esse método. Por isso, dizia ele, que é muito importante o analista estar inteiro no processo, ou seja, que é a partir dessa inteireza que o processo analítico pode verdadeiramente ocorrer.

“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana seja apenas outra alma humana." - Carl Jung